quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Edital 2010

Até 30 de Janeiro estaremos disponibilizando o Edital 2010 para ocupação do espaço da Galeria Theodoro Braga. As inscrições ficarão abertas por 45 dias.

Aguardem!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cores do Cotidiano - Abril/2009

Luiz dos Anjos Maiah Jair Júnior




Luiz dos Anjos, natural de Santarém-PA, autodidata, interessou-se pela pintura já aos 10 anos de idade com grande incentivo de sua mãe. Aprimorou sua técnica através de cursos de pintura e desenho e aprofundou-se Arte Contemporânea. Pesquisou os ícones da pintura como Matisse, do qual suas obras sofrem grande influência. Luiz dos Anjos utiliza a técnica Naif e tem como tema freqüente em suas obras o cotidiano popular urbano paraense com ênfase na mulher. Como técnica utiliza óleo, acrílica, aquarela, com sutis interferências de pano chita. Realizou uma individual “Traços de Família” na Galeria De La Rocque Soares – ESMAC e participou de várias exposições coletivas como “Traços de Amigos” e “Visões e Transições” no Aeroporto Internacional de Belém, “Seis Sentidos” no IPHAN, “Pátria Amada” no CCBEU, “Paixão pela Pintura” no Banco da Amazônia, “Espelho da Vida” no TRT e 6ª Mostra de Arte Primeiros Passos do CCBEU. Participou ainda do 38º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba/SP e como convidado na XXVII Edição do Salão Arte Pará 2008. Possui obras nos acervos da Estacon Engenharia S/A, ESMAC, Galeria Debret de Arte, Banco da Amazônia, Tribunal Regional do Trabalho – TRT, Associação Comercial do Pará e Banco do Estado do Pará.

A artista Maiah é natural de Soure/PA e reside em Belém, suas obras tem como tema principal o meio ambiente e o cotidiano popular do interior paraense, com suas festas e folclore. Premiada no 2º Salão da Vida – “Colorindo a Vida”, em 2007 já participou de várias exposições individuais como Dia Internacional da Mulher, no SESC/PA em 2009, “Passagem do Círio” – Hall do Magazan Doca, em 2008, “Festa da Árvore” – Museu Emilio Goeldi, em 2008 e coletivas “Olhar de cada um”, IAP, 2008, 3ª Mostra de Desenho e Pintura do Comando do 4º Distrito Naval, em 2005, “Universidarte 2005” – Faculdade do Pará FAP, em 2005.

Exposição Arquétipos Femininos

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Exposições Convidadas - Projeto GTB

Cores do Cotidiano
16 de abril a 8 de maio.
Luiz dos Anjos - Maiah - Jair Júnior




Arquétipos Femininos
Ana Wanzeler - Elieni Tenório - D'ça
13 de maio a 31 de junho





Arquétipos Femininos
A mostra reúne em 29 trabalhos na técnica de xilogravura de três artistas, Elieni Tenório, Anna Wanzeler e D’iça.
Elieni Tenório se expressa através de uma diversidade de cores e suportes, papeis e tecidos amadurecidos ao longo de sua trajetória iniciada no final da década de 80. Nesta exposição às formas se apresentam com a exuberância de linhas gráficas mapeando o corpo feminino em forma de corselete.
Ana Wanzeler encontra na miologia o simbólico de suas gravuras, onde percorre os vários perfis femininos como guardiã do germe da vida em toda a sua multiplicidade.
D’iça como em um sonho onde todos os personagens é exatamente ela própria, expressa em sua forma figurada colocando-se no centro das sensações, táteis com a natureza.

Matrizes urbanas
Egon Pacheco
Resultado da Bolsa de Pesquisa do IAP







terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Retrospectiva 2009

Exposições realizadas através do Edital 2009



"Ambiente Natural"
Agosto/2009
Diogo Vianna Ulisses Parente Adriana Chagas



"Metro Quadrado"
Setembro/2009
Raphael Moreno





Você cidadão, que segue sua vida rotineira: acordar, levar as crianças na escola, o trabalho, a hora do almoço, o trânsito, a correria, o calor, ruas esburacadas e todo um rol de fatos de deixar a pessoa estressada e fatigada.
Esta vida corrida, este cotidiano, não permite uma olhada para o lado, uma espiada pela janela do carro, nos cantos da cidade; não se assuste! muito lixo, muito lixo, muito lixo...
Mas, respire, espreguice-se, feche e abra os olhos, lembre-se da sua infância, da sua vó, das suas brincadeiras, do cheiro da casa, do cheiro do seu quarto, a comida gostosa e um montão de coisas de você sente saudade, em qualquer idade.
Não, não vamos nos colocar no lugar comum e fazer mais uma vez a relação com a poesia concreta Lixo X Luxo dos irmãos Campos. Hoje não. Hoje a palavra é MEMÓRIA.
LEMBROU DE TUDO?
Quando precisamos falar de obra de arte logo procuramos linha do tempo – quando foi?, escola – em que época?, características para determiná-la.
Mas quero falar antes da atitude – “performance” do Rafael. Ele, artista, que olhou pela janela do carro e com muita tranqüilidade puxou pela memória e resignificou o ato.
Esta é uma obra do tempo. O tempo, do objeto, da rua, do dia, da exposição, da fotografia. O tempo ido e o de agora que resgata o momento. Neste tempo a Memória.
A memória que, na lembrança, guarda emoção, cheiro, cenário, gosto, visão.
Um objeto jogado, guarda em si as marcas, as impressões daqueles que nele se envolveram, tocaram, sentiram, ou mesmo, com ele tiveram uma íntima relação que resultou numa história.
Quando o Rafael se aproxima do objeto, este passa a ter mais uma vida, mais uma vez.
Uma memória é recriada e, no objeto, novas marcas; de mãos, de luz, de emoção.
Naquele pequeno espaço onde o objeto é encontrado, reencontrado, revisto, recriado, resignificado, resignado está..., estamos nós neste metro quadrado de nos expormos aos inelimites das memórias.
Disse Clarice Lispector: “Nunca Nasci, nunca vivi: mas eu me lembro, e a lembrança á em carne viva”.
Eu me preservo, eu me conservo, eu sou o próprio museu de minha história e reencontro minha memória...aqui!



"O Toque da Luz"
Outubro/2009
Alexandre Dantas



Alexandre Dantas – O Toque da Luz

Luz...
O que a luz pode nos revelar? O que ela é capaz de inspirar a quem a percebe? O que define? Ou realça? Que sentimentos instiga em nosso “eu”? Como reagimos diante deles?
Todo esse questionamento nos leva a uma reflexão prazerosa ao observarmos cada obra de Alexandre Dantas, um jovem artista que se revela como autêntico conhecedor da influência e do magnetismo da luz para definir temas, formas e, principalmente, expor sentimentos vários em suas belas telas.
Entreguemo-nos ao prazer de observar, refletir e “sentir”... a luz!

Ivanir Vallinoto


O mundo cotidiano, descoberto pela luz, é profundamente misterioso. Tem aquele intrigante fastio do que já conhecemos, e carrega constantemente o contra-senso de não conseguirmos mais ver o que é demasiado evidente.
Tudo o que se conhece é tocado pela luz, ou seja, a luz do conhecimento é a condição para que saibamos a existência de algo, o que pode ser entendido como revelação, empirismo, constatação, epifania. As artes visuais sobrevivem, talvez, de uma combinação de todos estes fenômenos perceptivos, apoiadas num jogo invisível: os liames finíssimos que produzem os fótons sobre as partículas que existem entre os olhares e a imagem.
A magia, tomada de forma pura e simples, quiçá pueril, não é suficiente para explicar o que nos acontece ao olhar uma imagem – quando a olhamos atentamente, deixando-nos também ser vistos por ela. Contudo, não vivemos uma época de atenções dedicadas, e a correnteza lenta da contemplação meditativa nos parece, freqüentemente, um dinossauro cujos ossos nunca formarão um esqueleto inteligível. Nesta arqueologia improvável, poderíamos, quem sabe, encontrar numa exposição qualquer respostas imprevistas a questões esquecidas, ou indagações novas para milagres sem crédito algum. Ou pelo menos comentários melhores do que gostar ou não gostar.
É nesse âmbito que Alexandre Dantas, com a coragem ingênua das crianças que vêem o mundo pela primeira vez, com olhos novos, propõe suas imagens numa técnica por muitos considerada morta: a pintura a óleo. Na contramão das imagens digitais em high definition, Dantas, sem passadismo panfletário, ou romantismo intransigente, delineia no incenso mimético do óleo a extasia fotográfica induzida por aquela vontade ancestral de decifrar a natureza das coisas partindo de sua superfície visual. O usa (ousa?) como uma opção consciente e despreocupada, de quem prefere uma viagem de charrete, rocinando preguiçosamente ao fruir a paisagem, ao quase teletransporte de um trem-bala.
Haverá quem pergunte: por quê não usa uma máquina fotográfica, já que pretende retratar a realidade visual com tamanha precisão? Creiam ou não, ainda há mistérios maiores na vontade humana do que a eletrodinâmica quântica e o tempo que se mede em nanosegundos.

Renato Torres
Técnico em Gestão Cultural - GTB